As Dimensões Superiores da Consciência
Texto Abaixo retirado do Livro:
OS CHAKRAS e os Campos de Energia Humanos - Shafica Karangulla, M.D. Dora van Gelder Kunz
o terceiro aspecto ou faceta do eu pessoal é o instrumento por meio do qual a mente se expressa; na literatura teosófica e esotérica ele é tradicionalmente chamado de corpo mental. Como já foi mencionado, do mesmo modo como o nível emocional ou astral possui uma freqüência mais elevada e um estado de materialidade mais sutil do que o etérico, o mental também tem uma contextura mais fina e se desloca com maior rapidez do que o astral. Contudo, é preciso não esquecermos que o campo mental interpenetra os campos astral e etérico em todos os seus pontos, e ainda que o corpo mental também se harmoniza em estrutura com esses veículos. A dimensão mental está em constante interação com outros aspectos da personalidade durante toda a vida, e sua energia permeia todas as experiências, inclusive quando não estamos envolvidos em atividades intelectuais ou até mesmo pensando de forma consciente.
A energia oriunda do inesgotável reservatório do campo mental universal que jorra sobre os chakras mentais circula através do sistema de chakras mentais de uma maneira bastante semelhante à dos níveis astral e etérico. Contudo, a mente é mais complexa do que as emoções; ela possui na verdade duas funções ou aspectos primários que tornam possíveis a sutileza, a originalidade e o poder conceptual da mente, ao mesmo tempo em que ela pode nos conduzir ao falso raciocínio e à auto-ilusão. Em virtude da sua natureza de múltiplas facetas, os hábitos e padrões da mente podem não apenas afetar o processo da doença de maneira adversa, como também representar uma poderosa força para a saúde, o crescimento e a mudança.
No nível das experiências cotidianas, a mente é o instrumento que integra e interpreta o fluxo de dados sensoriais que nos chegam de todos os lados. Todos esses dados são processados e avaliados pelo cérebro/mente e aplicados ao nosso comportamento. Esse aspecto da mente fornece o bom senso que todos empregamos nos assuntos da vida cotidiana, e que percebe os relacionamentos entre as coisas, pessoas e eventos que dão a esses fenômenos contexto e significado.
A mente conceptual ou abstrata percebe um significado de ordem mais elevada: as idéias que dão significado aos eventos; as unidades que sustentam as variáveis da vida; a estrutura, proporção, equilíbrio, harmonia, ordem e legitimidade da natureza; o relacionamento entre a vida humana e a Terra, bem como entre o indivíduo e a humanidade. Essa dimensão da mente é um atributo humano universal, embora talvez não tenha o mesmo grau de desenvolvimento em todos nós.
O corpo mental humano é um ovóide, enquanto o corpo astral, asemelha-se ao corpo físico, mas o Corpo Mental é consideravelmente maior e menos denso do que este último. Suas cores e sua qualidade indicam com eficácia os interesses e os poderes mentais do indivíduo sejam eles latentes ou ativos, pois às vezes as habilidades que nascem conosco não se desenvolvem completamente durante a vida. Tudo isso aparece no Corpo mental, do mesmo modo como a aura astral revela de maneira precisa a vida emocional.
Tendo em vista a estreita ligação entre os campos mental e emocional, a mente é afetada pela emoção, do mesmo modo como os sentimentos são condicionados pelo pensamento. Esta é uma característica universal, mas quando desequilibrada ou fora de controle, a condição pode tornar-se patológica. Entretanto, quando a mente não é tolhida por estresses emocionais, ela é um instrumento delicado e flexível para a integração e assimilação de todos os níveis da experiência pessoal: mental, emocional e física.
O cérebro físico, à semelhança de um supercomputador, registra, armazena e reconstitui o que a mente descobre ou cria. A concepção do relacionamento mente/cérebro que emerge da nossa pesquisa é bastante diferente daquela gerada pela maior parte das teorizações psicofisiológicas. Longe de as considerarmos produto da atividade cerebral, julgamos que tanto a depuração do significado quanto a interpretação da experiência derivam de um nível mais profundo do eu. Essa percepção interior é então desenvolvida racionalmente pela mente e liberada para outro tipo de conhecimento, enquanto o cérebro, que é o instrumento da mente ou parceiro físico, registra as informações. Em outras palavras, a mente depende do cérebro para se expressar de forma física, mas ao mesmo tempo também transcende o mecanismo cerebral conseguindo até certo ponto compensar seus defeitos.
O corpo mental se estende cerca de noventa centímetros além da periferia do corpo físico, interpenetrando tanto o corpo astral quanto o etérico. O indivíduo que percebe o "Eu" mais em função dos seus pensamentos do que dos seus sentimentos, possui em geral um corpo mental mais brilhante e vital do que a média das pessoas, e, ainda, uma textura mais fina. Quando essa pessoa usa a mente, a energia sai e entra mais rapidamente dos chakras mentais, e todo o corpo mental se torna mais ativo e luminoso.
A velocidade através da qual a energia entra e sai dos chakras, o brilho das cores, o ritmo e o grau de luminosidade dos diferentes chakras indicam a qualidade do corpo mental (grau evolutivo da pessoa) e as áreas de desenvolvimento especial.
Quando o relacionamento é harmonioso desde o nível mental até o etérico, passando pelo emocional, o fluxo de energia através dos chakras exibe um padrão rítmico e desobstruído. Lamentavelmente, muitos seres humanos estão sujeitos a tempestades mentais ou emocionais e estresses periódicos, os quais, por sua vez, afetam os corpos etérico e físico.
As energias no nível mental são emitidas numa velocidade mais rápida, além de serem mais voláteis do que as energias inferiores. Na verdade, quando a energia entra e sai vigorosamente, o campo 'em volta do indivíduo se ilumina, o que afeta seu ambiente em proporção direta à força do pensamento. Desse modo, as idéias carregadas com poder mental influenciam fortemente outras pessoas.
Esse fato pode ou não estar diretamente relacionado com a verdade das idéias em si: idéias nobres suportam a prova da História contribuindo para o crescimento da cultura humana, mas as idéias errôneas podem dominar grandes grupos de pessoas quando são projetadas com grande força e convicção, como no caso do nazismo na Alemanha.
O poder transformador do pensamento, quando reforçado pela convicção, é bastante conhecido. A conversão religiosa é um dos exemplos; porém, num nível inferior, a capacidade de romper hábitos há muito existentes, como o fumo, resulta do poder mental de alterar o comportamento. Já não acreditamos mais no ditado, "Penso, logo existo", mas percebemos que aquilo que pensamos nos afeta fortemente, seja como indivíduos, membros de organizações ou cidadãos de uma nação. Na verdade, o objetivo ou caráter nacional depende amplamente da opinião de um povo sobre si mesmo.
De que forma essas idéias muito difundidas são transmitidas?
O efeito é parcialmente alcançado através da argumentação escrita e do discurso, mas principalmente através de um ponto de vista comum ou de uma concepção de mundo baseados numa forte imagem mental, a qual se tornou conhecida como forma-pensamento. A disseminação das idéias é alcançada através da habilidade da mente de construir uma imagem poderosa e bem definida dentro do corpo mental, e depois de dirigi-la na direção do objeto com clareza e intensidade. A capacidade de projetar claramente os pensamentos é um fator importante tanto na área do ensino quanto na vida política. Contudo, a habilidade de criar formas-pensamento poderosas também pode repercutir negativamente sobre nós, pois, se elas se tornam 'excessivamente rígidas, podem envolver-nos e aprisionar-nos no interior de um muro criado por nós mesmos, impedindo a entrada de novas idéias e de novas energias mentais. Tornamo-nos então radicais, ou fanáticos, rejeitando tudo que não corresponda à nossa interpretação da verdade.
16.6.5.1 - As Formas-Pensamento:
Alguns clarividentes são capazes de ver as formas-pensamento dentro do corpo mental de um indivíduo. Uma conversa com a falecida Phoebe Payne Bendit, reconhecida como uma clarividente competente e experiente, ajudou bastante a esclarecer este assunto.
Ela contou o caso de um homem que a procurou afirmando estar possuído por diversos grandes músicos já falecidos, e que outros clarividentes haviam confirmado sua asseveração. Mas quando Phoebe Bendit o observou com cuidado, constatou que as figuras não eram em absoluto desses músicos há muito desaparecidos, e sim seus pensamentos ansiosos por serem satisfeitos que ele havia impregnado de seus desejos e esperanças. Ela avisou sua família que ele estava caminhando na direção de uma grave doença mental, o que, infelizmente, veio a ocorrer alguns meses depois, quando foi diagnosticada uma esquizofrenia paranóide e ele foi internado num hospital de doentes mentais.
Quando perguntaram à Sra. Bendit como ela distinguira a forma-pensamento do paciente de uma entidade astral verdadeira, ela respondeu: "Como se diferencia uma pessoa viva de uma estátua? Não é óbvio que uma está viva e a outra não? O mesmo critério se aplica ao plano astral e ao mental. Uma pessoa de verdade, mesmo já falecida, possui em tomo de si uma qualidade vital, movendo-se, mudando e reagindo ao que está ocorrendo. Uma forma-pensamento, ao contrário, não tem vida e é estática, e sua energia provém dos campos astral e mental do indivíduo que a alimenta."
A grande vantagem de sermos capazes de ver as formas-pensamento é que podemos ter consciência daquilo que estamos gerando, transformando-as em imagens mais construtivas. Mas mesmo quando não conseguimos vê-las através da clarividência, se percebemos que nossos pensamentos têm a capacidade de afetar diretamente outras pessoas e que os energizamos com nossas emoções, começamos a nutrir um certo grau de responsabilidade pelas nossas ações, e passamos até a reconhecer que os pensamentos são de fato um tipo de ação, na medida em que afetam o comportamento.
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