sexta-feira, 28 de agosto de 2009




AMBIENTE:


Não existem construções como no mundo físico, casas, estradas. O plano mental é um mar de luz, aconchegante, vibrante, vivo, existe uma energia inteligente no ar, uma dança mágica de cores a vibração conta a história do universo, uma felicidade, uma paz indiscritível.

Que um homem se imagine, com o sentimento de intensa felicidade e poder enormemente aumentado já descritos, flutuando em um mar de luz viva, rodeado por todas as variedades concebíveis de beleza de cor e forma – o todo mudando com cada onda de pensamento que emite de sua mente, e sendo em verdade, como logo irá descobrir, somente a expressão de seu pensamento na matéria do plano e em sua essência elemental. Pois aquela matéria é da mesmíssima classe que aquela de que o próprio corpo mental é composto, e portanto quando aquela vibração de partículas do corpo mental a que chamamos pensamento ocorre, ela imediatamente se difunde para a matéria mental circunstante, e nela suscita vibrações correspondentes, enquanto que na essência elemental ela se espelha com absoluta exatidão.



Pensamentos concretos naturalmente tomam a forma dos objetos, enquanto que idéias abstratas usualmente aparecem como todos os tipos de perfeitas e formosíssimas formas geométricas; mas em relação a isso deve ser lembrado que muitos pensamentos que para nós cá embaixo são pouco mais que a mais aérea das abstrações, se tornam fatos concretos neste plano superior.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Lição da Semente!



Olhe para a semente, mas veja a árvore!

Uma semente não tem dúvidas de sua natureza; ela simplesmente aguarda, pacientemente, o momento certo e o solo adequado para germinar e crescer até manifestar completamente sua natureza interior.

Uma semente de maçã tem a macieira em forma de projeto dentro de si. Mais do que isso, ela tem, potencialmente, os frutos, que se tornarão alimento para outros seres.

Algumas sementes podem passar meses, anos, séculos aguardando o ambiente propício para brotarem, sem perderem a força, o ideal, a natureza.

Essa capacidade das sementes chama-se "Dormência" e é um mecanismo de sobrevivência para propagação da espécie.

Recentemente uma equipe de botânicos e biólogos liderados por Sarah Sallon, do Centro de Pesquisa de Medicina Natural L. Borick, decidiu plantar sementes de tamareira com cerca de 2.000 anos de existência, que foram encontradas em escavações de 1963, na antiga fortaleza do rei Herodes, em Masada, perto do Mar Morto. (site do Jornal O Globo, em 22/06/2009).

A semente da tamareira germinou, transformando-se no modelo que não se perdeu durante os 2.000 anos de espera. Curiosamente a planta foi apelidada de Matusalém.

Uma das grandes missões nossas neste plano é aprendermos a olhar além do que se mostra aos nossos olhos.

Quando iniciamos um projeto, nosso desejo é vê-lo pronto, acabado, funcional e perfeito. Quando iniciamos um relacionamento, a nossa vontade é que tudo se desenvolva de forma perfeita, harmoniosa, feliz e maravilhosa. Quando criamos os filhos, nosso coração bate mais forte só de imaginá-los crescendo alegres, sadios, maravilhosos e perfeitos.

No decorrer do projeto, do relacionamento, da criação dos filhos e de outras coisas de nossas vidas podem ocorrer situações que nos fazem perder de vista a visão idealista daquilo que objetivamos. No caso do projeto, por exemplo, pode faltar dinheiro para sua conclusão, podem faltar materiais, o prazo pode não ser suficiente e podem ocorrer outras situações que tragam desânimo, pessimismo ou estresse. Aí entra a lição da semente.

- Quem de nós consegue olhar para a semente de um projeto e vê-lo como uma árvore crescida rendendo os frutos esperados?
- Quem de nós consegue esperar o tempo certo de germinação, brotamento e desenvolvimento do projeto?
- Quem de nós consegue manter-se fiel aos seus ideais durante as intempéries?

A lição da semente nos ensina a olhar a semente da maçã, por exemplo, e ver as maçãs já colhidas. Se acreditamos em nossos sonhos e ideais, é necessário termos essa mesma determinação em relação a eles. A Natureza que criou as árvores e as plantas é a mesma que nos criou.

- Temos a capacidade de semear idéias.
- Temos a capacidade de transcender o que está manifestado e vermos além; muito além...
- Temos a capacidade de ver o nosso ideal perfeitamente concretizado.

Quanto mais visualizarmos a realização perfeita do nosso projeto, mais estaremos contribuindo para sua execução correta. Da idéia inicial à conclusão do projeto, nossa mente exerce forte influência na manifestação dele. Pensamentos positivos e confiança são como adubo para nossas idéias. Visualizando nosso projeto perfeitamente concluído, estamos nutrindo-o, como o solo nutre o broto da planta que está crescendo.

Certamente você conhece aquela experiência em que se coloca um grão de feijão para germinar em um algodão molhado. Se deixarmos o algodão secar, o broto nem se formará ou, se já tiver brotado, morrerá. Além da água ele precisará também da luz do Sol.

Assim como o broto se desenvolve na direção da luz solar, nossos projetos se desenvolverão na direção de nossas expectativas.
Iluminemos nossos projetos com a luz do pensamento e das palavras positivas.

Quem planta, colhe.
Plantemos nossos sonhos, reguemo-los frequentemente, alimentemo-los adequadamente e tenhamos a paciência necessária para aguardar o seu desenvolvimento, sem perder de vista os frutos ideados.

Aprendamos com a semente!
CARTA DA PROSPERIDADE

Tenho consciência da abundância em minha vida e agradeço.

Tudo o que necessito vem à mim com facilidade, harmonia e equilíbrio.

O Universo carinhoso me prove e me nutre.

E através destas pessoas me dá energia para continuar.

O amor me dá coragem de decidir pelo bem.

O bem está em nossos corações e é a energia que faz com que tudo prospere...

A prosperidade só é conseguida através da paciência e sabedoria que nos dão os caminhos precisos a serem trilhados

E assim o caminho rumo à prosperidade se torna iluminado, com as bênçãos do saber divino e infinito.

Fazendo com que as pessoas deixem de ser unitárias para juntas serem unidade.

Formando o Todo, uma Grande Consciência.

A grande consciencia traz o verdadeiro sentido da vida, de nossa existência.

De sermos generosos para a abundancia acontecer.

Somos prósperos em todos os campos da vida, ou seja, material e espiritual.

Felizes em consciência, podemos prosperar equilibradamente, em todas as ciências.

Do coração à consciência. Da luz à vida, da ternura ao Amor Maior. Somos Um!



O que é o Plano Mental?


O Plano Mental é uma elevada região do universo, o mundo-céu das religiões, denominado Devacan, "o lugar dos deuses", ou Devasthan e Svarga pelos hindus; Sukhavati pelos budistas, Campos Elíseos pelos antigos gregos, Céu pelos zoroastrianos e cristão. É geralmente tido como uma região de perene felicidade.

O Plano Mental é um mundo, plano, nível, dimensão, esfera ou região de nosso universo; como um mundo esplêndido de exuberante vida, onde podemos residir tanto agora como depois da vida astral, no intervalo entre duas encarnações.




O Plano Mental é o imediatamente superior ao Astral, porém é absolutamente necessário que o estudante de Teosofia e Esoterismo compreenda a verdade capital de que em nosso universo há sete planos, mundos, níveis, esferas ou regiões, cada um com sua matéria peculiar de apropriado grau de densidade que interpenetra a matéria do plano contiguamente inferior.


Portanto, as palavras "superior", "alto" e "baixo", com referência aos planos ou mundos de nosso universo, não denotam sua posição, pois que todos ocupam o mesmo espaço, senão tão-só indicam o maior ou menor grau de condensação de matéria primordial e sua diversa tônica de vibração ou manifestação consciencial já que não existe um termo correto para explicar essa.





Como exemplo da possibilidade de entrar no plano mental durante o sono, mencionaremos um incidente ocorrido em relação a um pessoa de mente elevada, ao chegar ao oceano de luz e cor em que ele flutua, inteiramente absorto em seus próprios pensamentos, permanecia em extática contemplação da paisagem e de tudo quanto a paisagem lhe sugeria, com aguda intuição, a perfeita apreciação e o intenso vigor do pensamento peculiar do plano mental, despertou com um sentimento de profunda paz e gozo interior, embora não se recordasse de nada do que sonhou.

O Plano Mental é formado de 7 Subplanos:

*

4 inferiores ou Atrasado (baixo) (Sétimo até o quarto)
*

3 Superiores ou Evoluído (alto) (Terceiro, segundo e primeiro)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

CONCEITUAÇÃO ESOTERICA:


ZONA DE BAIXA DENSIDADE (ASTRAL INFERIOR - BAIXO ASTRAL - 8ª ESFERA)

- ONDE FICA O BAIXO ASTRAL (UMBRAL)?
O umbral interpenetra o plano físico e penetra nas entranhas da crosta planetária, nessa zona umbralinas e trevosas, mais atrasadas, parece que o tempo evolutivo estaciona para alguns seres que lá vivem, que vão se degenerando, a medida que o tempo passa.

- O QUE É O BAIXO ASTRAL (UMBRAL)?
- Hades dos gregos; Inferno (Dante Aligheri / Católicos); Kamaloka (Hindus); Locale II (Robert Monroe); Plano Astral Inferior (Teosofistas); Umbral (espíritas); Sheol (Hebreus); Baixo-Astral (ocultistas em geral).

O Baixo Astral (umbral) tem uma freqüência vibratória baixa, numa suposta escala a terra seria 0, pois o umbral seria uma escala negativa.

Portanto as encarnados que alimentam sentimentos mesquinhos, que prejudicam mais a si do que os outros, por mais que façam os outros sofrerem, ele é o principal condenado, pois não produz ENERGIAS POSITIVAS, seus chakras são opacos e pequenos, sem brilho. Quando desencarnam são tragados pelas baixas vibrações e caem neste mundo TREVOSO.

- QUAL A TEMPERATURA NO BAIXO ASTRAL (UMBRAL)?
São temperaturas baixíssimas, todos os registros apontam para centenas de graus abaixo de zero, por isso os sensitivos ou médiuns sentem as correntes de ar gélicos quando trabalham perto dessas zonas umbralinas. Mesmo existindo relatos de locais quentes, fogo, água, o umbral é trevoso, fétido e gelado.

- DENSIDADE:
Matéria Astral pesada, rústica, onda quântica longa, freqüência vibracional baixa, uma vez dentro deste plano a solidez e realismo da matéria se assemelha ao físico, quando os médiuns em desdobramento aportam neste plano podem colidir com os objetos tendo muita dificuldade de atravessá-los. Já os habitantes deste mundo não podem fazê-lo pois para eles aquele mundo é tão sólido como o físico.

domingo, 23 de agosto de 2009




ASTRAL INFERIOR - INFRADIMENSÃO

ZONA DE BAIXA DENSIDADE – OITAVA ESFERA - UMBRAL - INFERNO

CONCEITUAÇÃO ESPIRITA:


Allan Kardec - O Codificador da Doutrina -, na questão 1.012 de "O Livro dos Espíritos":

A definição sintética da Doutrina Espírita explica: "Céu e Inferno são estados de consciência". Esta tese foi desenvolvida pelos Espíritos Reveladores do Espiritismo


Haverá no Universo lugares circunscritos para as penas e gozos dos Espíritos, segundo seus merecimentos?
"Já respondemos a esta pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos. Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça. E como eles estão pôr toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado existe especialmente destinado a uma ou outra coisa. Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo em que habitam."

De acordo, então, com o que vindes de dizer, o inferno e o paraíso não existem, tais como o homem os imagina?
"São simples alegorias: pôr toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. Entretanto, conforme também já dissemos, os Espíritos de uma mesma ordem se reúnem pôr simpatia; mas podem reunir-se onde queiram, quando são perfeitos.". Allan Kardec, a seguir, complementa este assunto dizendo que a localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe. Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência infinita não lhe é possível compreender.



Livro dos Espíritos:


300- Dois Espíritos perfeitamente simpáticos, uma vez reunidos, o serão pela eternidade, ou podem se separar e se unir a outros?
– Todos os Espíritos são unidos entre si. Falo daqueles que atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, quando um Espírito se eleva, já não tem mais a mesma simpatia por aqueles que deixou para trás.

O Céu e o Inferno – Capítulo VII – 18º
Se se pode conceber um lugar circunscrito de castigo, tal lugar é, sem dúvida, nesses mundos de expiação, em torno dos quais pululam Espíritos imperfeitos, desencarnados à espera de novas existências que lhes permitam reparar o mal, auxiliando-os no progresso.

O Céu e o Inferno – Espíritos Endurecidos – Lapommeray – III


Assim, pode o homem, a despeito da sua criminalidade, possuir um progresso interno e elevar-se acima da espessa atmosfera das baixas camadas, isto pelas faculdades intelectuais sutilizadas, embora tivesse, sob o jugo das paixões, procedido como um bruto. A ausência de ponderação, o desequilíbrio entre o progresso moral e o intelectual, produzem essas tão freqüentes anomalias nas épocas de materialismo e transição.


A Gênese – Capítulo XIV – Obsessões e Possessões

Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão que é um dos efeitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.



Revista Espírita, edição de setembro de 1859
"Confissão de Voltaire" e constante da , precisamente no §7º do terceiro comentário do diálogo com o cardeal Wolsey:


Como eu já disse, eu debochava de tudo, e foi lançando um desafio que abordei o mundo espírita. Inicialmente, fui levado para longe das moradas dos Espíritos e percorri o espaço incomensurável. Em seguida foi-me permitido lançar os olhos sobre as maravilhosas construções que serviam de habitação aos Espíritos e, com efeito, pareceram-me surpreendentes. Fui empurrado, aqui e ali, por uma força irresistível; era obrigado a ver, até que minha alma fosse saciada pelos esplendores e esmagada ante o poder que controlava tais maravilhas.


Site Espirita:

Umbral [do espanhol umbral= soleira da porta]
a) Limiar, entrada.
b) Conforme informação do Espírito André Luiz, uma das regiões inferiores do Mundo Espiritual em que se agregam por sintonia mentais ainda em descompasso com o bem.

http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/vocabulario/letra-u.html


Emmanuel

É o próprio espírito que inventa o seu inferno ou cria as belezas do seu céu.




AÇÃO e REAÇÃO - Francisco Cândido Xavier - André Luiz

O inferno nada mais é que os reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes, que nos constrangem a temporária segregação nos resultados deploráveis de nossos próprios erros.


AÇÃO e REAÇÃO - Francisco Cândido Xavier – André Luiz - 17ª edição. página - André Luiz

Umbral, situado entre a Terra e o Céu, dolorosa região de sombras, erguida e cultivada pela mente humana, em geral rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.



NO MUNDO MAIOR - Francisco Cândido Xavier - pelo espírito André Luiz - [20ª edição, pág. 60] - André Luiz

Não devemos acreditar, porém, quanto aos serviços de resgate e de expiação, que a esfera carnal seja a única capaz de oferecer o bendito ensejo de sofrimento áspero, redentor. Em regiões sombrias, fora dela, quais não podes ignorar, há oportunidade de tratamento expiatório para os devedores mais infelizes, que voluntariamente contraíram perigosos débitos para com a Lei.

Compilação de diversos Sites:
provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual.

A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
Nome atribuído a uma localidade do chamado "astral inferior", onde se estabelecem os espíritos de baixa vibração espiritual, que precisam pagar por infrações cometidas contra as leis de Deus. Em geral suicidas, homicidas, almas desajustadas e cometedoras de graves delitos. Sua descrição não foge muito as descrições dantescas do inferno.




E aí pode estar uma das razões da lenda de um inferno de fogo e enxofre. Porém a realidade dos espíritos que expiam no umbral é bem diferente e por que não dizer bem pior que a do inferno católico. O espírito, não raro, sofre incessantemente com a visão de seu suicídio ou de seus crimes.


Ás vezes, por anos a fio, revê sem parar o instante em que com um tiro tirava a própria vida, sente a carne sendo dilacerada pelo projétil, vê a condição desamparada de seus filhos que porventura tenha deixado, é constantemente acusado de assassino, numa guerra psicológica fora de nossa compreensão. Muitas vezes sente fome ou sede insuportáveis, as vezes por anos seguidos.

Sente frio ou calor inenarráveis. E muito freqüentemente sentem o seu próprio corpo sendo consumido pelos vermes, o vê se deteriorando e sente todas as sensações decorrentes deste estado de putrefação. O umbral se caracteriza, na linguagem dos espíritos, como um lugar de extremo sofrimento, "de choro e ranger de dentes". Muitas vezes o espírito, tão ignorante, desencarna, passa ali vários anos e mesmo assim ignora sua condição desencarnado.


Segundo as descrições dos espíritos, o umbral é a sede dos espíritos de baixo desenvolvimento espiritual da terra , e sua descrição é, não raro, de um lugar de trevas povoado de dor, gritos de sofrimento, gemidos, de um insuportável cheiro pútrido, o que já é suficiente para caracterizar o nível moral dos que ali residem.

Essa descrição deve ser tomada como uma constante, pois o umbral, como já relatado alhures, se trata do nome do lugar onde existem essas características básicas e para onde os espíritos inferiores são encaminhados para resgatar dívidas, crimes e infrações.


O umbral se localiza próximo a crosta terrestre. E é importantíssimo lembrar a maior diferença entre o umbral e o inferno católico:
No inferno católico a alma infeliz recebe uma sentença eterna de sofrer nas chamas do inferno para todo o sempre.

Segundo a doutrina espírita, o umbral é a região onde o espírito desregrado permanece temporariamente, até que lhe seja permitida uma nova encarnação para que possa, sob o jugo da matéria, resgatar melhor suas dívidas para com Deus ou expiar para que possa continuar caminhando para frente rumo a sua evolução.

Porque no espiritismo não existe uma lei de Deus que condene ou felicite um espírito eternamente, pois existe a lei da reencarnação e uma imposição assim estaria claramente negando a tão falada justiça divina, que o catolicismo tanto proclama mas se contradiz totalmente ao impor penas eternas para uma alma que só teve uma encarnação para praticar o bem e o mal.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


01 – Corpos Astrais dos Animais:

Apesar de extraordinariamente numerosa, esta classe ocupa um lugar subalterno no plano astral, visto ser muito curta a permanência neste plano dos membros que a compõem. Os animais em sua grande maioria ainda não adquiriram ainda uma individualização permanente e quando morrem a essência monádica que os animava volta ao stratum especial donde vieram. Geralmente essa existência não passa de uma espécie de sonho inconsciente impregnado, ao que parece de uma perfeita felicidade. Quanto aos animais domésticos que já atingiram a individualidade, o caso de alguns gatos e alguns cachorros, esses tem uma vida astral mais longa e mais ativa, mas caindo por fim num estado passivo subjetivo que dura pouco. Dos animais selvagens os que já atingiram a individualização encontra-se os Macacos Antropóides, que forma uma classe interessante, visto que se aproximam de reencarnarem como seres humanos.

02 – Os espíritos Naturais:

Compreende-se esta classe subdivisão tão numerosa e tão variada que pode-se dizer não serem totalmente conhecidas em sua integralidade. Classificadas por alguns escritores como ELEMENTAIS, são espíritos da natureza, tendo os da terra, do ar, da água e fogo. São entidades astrais dotadas de inteligência, definidas, que habitam e funcionam cada um desses meios. Na linguagem popular tem uma grande variedade de nomes: Fadas, pixies, brownies, salamandras, duendes, trolls, sátiros, faunos, sacis, etc. São em forma reduzida ou de baixa estatura.
Em geral são invisíveis para a visão física mas alguns possuem a propriedade de se materializarem quando lhes convém.
Em sua maioria evitam os seres humanos, visto não gostarem das emanações fluídicas humanas, os vícios e desejos desordenados põem em ação correntes astrais que os pertubam. Os períodos de vida desses seres variam muito, alguns muito curtos, outros maiores que as nossas vidas.



03 – Os Devas:

O mais alto sistema de evolução que tem relação com a terra, são seres que os hindus chamam de Devas, no Ocidente Anjos, "Filhos de Deus", amparadores, são considerados um reino acima do humano, assim como os animais irracionais um reino inferior aos humanos, chamados também de Regentes da Terra, Anjos Celestiais, são eles agentes do Karma do ser humano. Poucas vezes se manifestam no mundo astral, estão mais presentes no mundo mental, mas quando o fazem são notáveis pela beleza e luz que irradiam, parecendo possuírem asas tal beleza de suas auras, parecem possuir uma aureola tal é a luz do seu chakra coronário.

desejo compartilhar este belo texto de Tadany,

Harmonia na Vida

Estimados Amigos,

A harmonia é uma indelével, sutil e vigorosa força que rege todos as interações existentes entre as galáxias, os sistemas, os astros e os seres que formam e habitam o cosmos, tanto o micro quanto o macrocosmos. Ela é a sublime manifestação de uma inteligentemente arquitetada ordem cujas premissas servem para brindar a todas as coisas e pessoas a possibilidade de seguirem a escala evolutiva em sincronia com tão venerável energia.

Na urgência e nas preocupações do quotidiano, poucas pessoas possuem o tempo, ou a predisposição, para refletirem sobre a fantástica estrutura que, a cada segundo, está natural e ordenamente conduzindo o universo, pois galáxias ocupam seu espaço no cosmos, planetas seguem suas delineadas órbitas, a terra gira em torno do seu próprio eixo e orbita ao redor do sol, a lua evolui em torno da terra e, diretamente, tem um impacto sobre muitos fenômenos naturais que acontecem por todo o planeta.

Ademais, existem vários fenômenos naturais a chuva, o movimento solar, os trovões, os relâmpagos, a neve e as estações do ano que, cada vez mais são invadidas por imprevisíveis, mas subordinados acontecimentos. Também observa-se o fascinante ciclo vivencial de nascimento, crescimento, amadurecimento, envelhecimento e morte. As magnânimas mudanças anatômicas e fisiológicas que acontecem no transcurso de uma existência individual. As veneráveis possibilidades cognitivas que, paulatinamente, vão ampliando a visão humana com relação a si mesmo, ao mundo e à Deus.

Além disso, a sublime força que brinda ao homem a inigualável capacidade psicológica de auto-consciência e, consequentemente, auto-análise e auto-julgamento e que, dentre todos os fatores existentes nesta prodigiosa aquarela universal, é um dos únicos que afeta a disposição temperamental de cada indivíduo, ora beneficamente por meio de alegrias, satisfações e prazeres, ora negativamente por meio de tristezas, depressões ou insatisfações.

Assim sendo, numa restrita e concisa análise deste fragmento psicológico, é possível perceber que o consciente entendimento da harmonia como uma resultante do discernimento das coisas como elas realmente são, ao invés das limitadas projeções, superimposições e preconceitos que invadem a psique humana, é a força motora que o conduz à uma vida mais agradável e simétrica.

Então, neste contexto, harmonia significa ter a capacidade de ver o mundo como ele realmente é, e não como imaginamos que ele deva ser, ter o poder de interagir com as pessoas ciente de como elas são, e não como ansiamos que elas sejam, pois, frequentemente, as pessoas vivem numa bolha de sonhos, fantasias e desejos que pode ser totalmente distinta da realidade que se apresenta fora dela.

Igualmente, dentro de todo o conjunto que forma a bolha cognitiva pessoal, existe a auto-percepção, ou seja, a maneira como cada indivíduo se vê e, neste caso, todo o entendimento que o homem possui sobre a arquitetada e inteligente harmonia que existe ao seu redor e nele mesmo, parece ser desconsiderada porque uma onda de não aceitação, insatisfação e frequente auto-punição toma conta do quotidiano humano.

Como consequência, muitas pessoas passam horas pensando que gostariam que a forma de seu corpo fosso diferente, os cabelos de outro estilo, a altura modificada, o peso alterado, os olhos de outra cor, os dentes com certo alinhamento e brancura assim como, que seus pais fossem outros, que suas moradas fossem distintas, que seus amigos modificassem suas visões de mundo, que suas profissões fossem distintas e que seus relacionamentos mudassem, entre infinitos outros desejos que permeiam a mente humana.

Mesmo assim, é importante mencionar que uma mudança pode ser benéfica para a evolução humana, no entanto, ela deve ser objetivamente analisada para que não esteja restrita à limitada bolha de percepção pessoal, isto é, que antes de qualquer impulso desgostoso ou de auto-insatisfação, a pessoa tenha a capacidade de analisar, entender e conceber a existência de uma fantástica harmonia que lhe é inerente e que provê as augustas bases para o seu processo de melhoramente e refinamento pessoal.

Assim sendo, quando uma pessoa conscientemente consegue interpretar toda a sutil, indelével e vigorosa harmonia que existe em si e ao seu redor e alcança colocá-la em prática na maneira como ela se percebe, como ela compreende o mundo ao seu redor, como ela estabelece seus objetivos pessoais, como ela concebe seus pensamentos, manifesta suas atitudes, comportamentos e ações, ela estará dando um nobre passo em direção à uma vida mais serene, satisfatória e exitosa.

Desta maneira, desejo-vos uma semana repleta de harmonia, vigor e realizações.

Com amor e carpe diem,

Tadany

sábado, 15 de agosto de 2009


OS HABITANTES DO MUNDO ASTRAL:



Não é fácil classificar e ordenar os seres astrais, tal sua variedade e complexidade, mas podemos nos esforçar para isso, começando a dividi-los em 3 grandes categorias: Humanos, os não-humanos e os artificiais.

01.2.1 - HUMANOS:


Os cidadãos humanos do mundo astral, separam-se naturalmente em dois grupos: Os vivos e os Mortos.

01.2.1.1 - VIVOS:



01 – Adeptos e seus discípulos: São os humanos evoluídos, instruídos que operam tanto com o corpo mental como astral, mas muito mais com mental, pertencentes as Lojas, escolas orientais e algumas ocidentais.


02 – Indivíduos Psiquicamente adiantados: Esses não estão sob orientação de um Mestre (amparador), em geral são conscientes fora do corpo físico, mas por falta de necessário treino e experiência estão sujeitos a enganos e apreciação do vêem. Sua lucidez é variável , variam de acordo com seu grau de desenvolvimento e em muitos casos quando voltam ao corpo físico não lembram de sua experiência.



03 – A pessoa Vulgar: Não possuem maturidade astral, flutuam perto do corpo físico durante o sono., num estado mais ou menos inconsciente, em alguns casos numa semi-adormecido, vagueia daqui para ali, deitado seguindo algumas correntes astrais passando por toda espécie de aventuras, umas agradáveis outras desagradáveis. Quando menos evoluído for uma pessoa, mal definida será suas formas astrais, sem contornos definidos, devido a alta densidade do seu duplo etérico.

04 – O mago negro e seus discípulos: É semelhante a primeira, porém voltada para o mal. As ordens que lidam com essas forças ocultas poderosas são várias, mas podemos citar: Dügpas Europeus, Vodoo, Obeah, Magia Negra, etc.



01.2.1.2 - MORTOS:

01 – Os Nirmânakáyas: Seres elevados, no entanto por qualquer necessidade de missão que se julgue necessário descem para o plano Astral.

02 – Discípulos a espera de Reencarnação: Esse não é um habitante comum do mundo astral e sim do mundo mental, mas ocasionalmente pode-se encontrar um ocasionamente por isso é uma população muito reduzida.

03 – Os mortos Vulgares: É uma classe cuja população são de milhares e milhares de almas, também complexa limitar sua estadia no mundo astral, varia de algumas horas, dias, semanas, meses, anos e até séculos.
Todos sem exceção tem que passar por todos as subdivisões do plano astral no seu caminho para o mundo-céu, algumas percorrem essas subdivisões inconscientes, para as pessoas evoluídas com várias reencarnações, essa passagem é extremamente rápida.

04 - As Sombras: Quando a extinção de um indivíduo é completa é sinal que acabou sua vida Astral, ele passa para o plano Mental (Plano Devachânico). Mas, assim como ao passar para o plano físico para o Astral há um abandono do corpo físico, assim também na passagem do corpo astral para o mental, o invólucro astral é abandonado e também irá se desintegrar, neste caso o corpo astral abandonado, é um verdadeiro cadáver. Infelizmente o homem vulgar deixa-se dominar por todos os desejos inferiores, que uma parte da mente inferior se funde com o corpo dos desejos, essas partículas da matéria astral possuem vida própria e animam esse cadáver, gerando uma classe chamada: Sombras Essa sombra não é o indivíduo real, mas conserva hábitos, semelhança física, memória mas sua inteligência é limitada, pois é um farrapo de suas piores qualidades. A duração de uma sombra varia segundo a qualidade da mente inferior que a anima, mas apesar desta astúcia que engana alguns médiuns despreparados em sessões espíritas, na medida que o tempo passa ela vai perdendo a vitalidade e se degradando até cair na classe seguinte: Os invólucros (Cascões Astrais).



05 – Os invólucros (Cascões Astrais): São os cadáveres astrais, o corpo astral abandonado e em estado de desintegração, são desprovidos de qualquer espécie de consciência e de inteligência, vagueiam nas correntes astrais como nuvens impelidas por ventos contrários. {b]Não pode ser confundido com o Duplo Etérico que conserva-se a poucos metros post-mortem do cadáver físico, se desintegrando lentamente são vistos nos cemitérios essas formas azuladas com aparência de vapores, flutuando nos túmulos dos cemitérios daqueles que recentemente deixaram o mundo físico, não é um espetáculo agradável de ver. Mas os Cascões Astrais, que vagam, podem ser usados e manipulados por meio de Magia Negra.

06 – Os invólucros vitalizados: Alguns elementais artificiais, as vezes entram dentro destas cascas astrais e dão uma vida aparente a eles. Geralmente o usam de uma forma malévola,

07 – Vitimas de Morte Súbita e os Suicidas: Todo o indivíduo que for arrancado de sua vida terrena repentinamente, em pleno gozo de sua saúde e energias, vai se encontrar no mundo astral numa situação diferenciada dos demais seres que morreram por doença. No caso de suicídio ou de morte por acidente, desastre, não se realizando os preparativos naturais e graduais, compara-se como retirar o caroço de uma fruta quando esta fruta estiver verde, grande quantidade de perietérico (combustível vital), duplo etérico, alta densidade desta matéria é pertubadora para o indivíduo recém morto, esta alta densidade vibratório levará o indivíduo a cair na sétima zona astral conhecido por baixo astral (Umbral). Porém se o indivíduo for de boa índole ficará insconsciente e por pouco tempo neste mundo trevoso. O fato do suicida, é bem mais difícil, porque interromperam sua vida através do livre arbítrio, embora cada caso tem suas variantes e nem todos os suicídios são consideráveis condenáveis, como o caso de Sócrates.



08 – Vampiros e Lobisomens: É a entidade mais cruel e repelente, mas felizmente muito raras são essa criaturas, essas relíquias horrorosas de um tempo em que o ser humano era mais animalesco, são considerados fábulas da Idade Média, pertenciam a Quarta Raça da terra, como na Rússia e Hungria, apesar das lendas exageradas, no fundo tem uma verdade inquestionável. Essas criaturas apegadas ao extremo a vida terrena usavam seu corpo astral para manter íntegro seu corpo físico, roubando sangue dos vivos com seu corpo astral semi materializado, existindo casos registrados na Europa Central de aberturas de caixão encontrava-se o corpo fresco e sadio, muitas vezes mergulhado num sangue fétido.
Já os lobisomens, também de extrema raridade, nos dias de hoje, eram de uma raça extremamente carnívora que se alimentava de animais vivos, numa extrema violência, quando mortos esses indivíduos semi materializados numa espécie de Lobo e Homem atacavam nas matas outros animais.
Portanto aos estudiosos de Viagens Astrais, não se preocupem pois esses tipos são de extrema raridade nos dias de hoje e geralmente os que existem ainda, agem próximos ao seu corpo físico.

09 – Magos Negros e seus Discípulos: Pertencem ao outro extremo da escala, são espíritos desencarnados, tendem a manter-se o maior tempo possível neste plano, renegando o plano mental, são criaturas extremamente hábeis com os poderes do mundo astral, violam a lei natural da evolução , pois mantém-se no mundo astral pela manipulação de artes mágicas: MAGIA NEGRA. Deve-se frisar que para se conseguir isso, é a custa de outras vidas, roubando de outrem o tempo de vida legítimo.

Os encantos de Yemanjá

O Brasil é orgulhoso do grande império de suas águas. Principalmente o mar, de todas as cores, matizes e luzes é o Grande Senhor da nossa costa, que penetrando por todos os lados desse imenso país, abraça nossa terra, em enseadas, golfos e baías.

Mas apesar de sua beleza, no mar há uma força maior, uma força que impera, que reina a Senhora absoluta de todas as águas, de tudo que vive na água e possa viver. Há sim, uma força que ordena e não pede, que manda e que decide sobre o vida dos pescadores, de todos que se aventurarem a entrar em seu território e de todos aqueles que têm vistas para alcançar o verde de seu mar.

Em cada canto desses mares, nas ondas dos surfistas, nas praias, nas cabanas dos pescadores, nos altos desses montes, Ela será sempre a Grande Senhora. Ninguém pode se atrever a dizer que não é vassalo servil do grande reino de Iemanjá. Porque de fato, Iemanjá é a Rainha das águas. A tranqüilidade na superfície do mar, ou a tempestade rugindo, as ondas quebrando-se sobre as embarcações ou sobre as praias, tudo é conduzido pela sua mão suprema.

Nada se altera, nada se faz ou se transforma, sem que seja sua vontade. Iemanjá de tantos poderes, de tantos nomes e tantos filhos, sempre foi exaltada por negros e brancos e seu culto se verifica de norte a sul no Brasil.

MITOLOGIA

LENDA (Arthur Ramos)

Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.

Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá. Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.

Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).

Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.

A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o "mundo em forma"), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.

Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.

Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.

Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.

Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante..., mas sempre cheia de amor para ofertar.

A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.

Muitos foram os lagos e rios presenteados pela mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que "é dando que se recebe".

IEMANJÁ ABRASILEIRADA

Iemanjá, a Rainha do Mar e Mãe de quase todos os Orixás, é uma Deusa abrasileirada, sendo resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos.

É um mito de poder aglutinador, reforçado pelos cultos de que é objeto no candomblé, principalmente na Bahia. É também considerada a Rainha das Bruxas e de tudo que vem do mar, assim como é protetora dos pescadores e marinheiros. Governa os poderes de regeneração e pode ser comparada à Deusa Ísis.

Os grandes seios ostentados por Iemanjá, deve-se à sua origem pela linha africana, aliás, ela já chegou ao Brasil como resultado da fusão de Kianda angolense (Deusa do Mar) e Iemanjá (Deusa dos Rios). Os cabelos longos e lisos prendem-se à sua linhagem ameríndia e é em homenagem à Iara dos tupis.

De acordo com cada região que a cultua recebe diversos nomes: Sereia do Mar, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Inaê, Mucunã, Janaína. Sua identificação na liturgia católica é: Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.

Do mesmo modo que varia seu nome, variam também suas formas de culto. A sua festa na Bahia, por exemplo é realizada no dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias. Mas já o Rio de Janeiro é dia 29 de dezembro que se realiza suas festividades. As oferendas também diferem, mais a maioria delas consiste em pequenos presentes tais como: pentes, velas, sabonetes, espelhos, flores, etc. Na celebração do Solstício de Verão, seus filhos devotos vão às praias vestidos de branco e entregam ao mar barcos carregados de flores e presentes. Às vezes ela aceita as oferendas, mas algumas vezes manda-as de volta. Ela leva consigo para o fundo do mar todos os nossos problemas, aflições e nos trás sobre as ondas a esperança de um futuro melhor.

COMO É IEMANJÁ?

Iemanjá apresenta-se logo com um tipo inconfundível de beleza. No seu reinado, o fascínio de sua beleza é tão grande como o seu poder. Ora é de um encanto infinito, de longos cabelos negros, de faces delicadas, olhos, nariz e boca jamais vistos, toda ela graça e beleza de mulher.

Outras vezes, Iemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo. Como um orixá marítimo, ela é a mais prestigiosa entidade feminina dos candomblés da Bahia, recebe rituais de oferendas e grandes festas lhe são dedicadas, indo embarcações até o alto-mar para lhe atirar mimos e presentes. Protetoras das viagens e dos marinheiros, obteve o processo sincrético, passando a ser a Afrodite brasileira, padroeira dos amores, dispondo sobre uniões, casamentos e soluções amorosas. Quem vive no mar ou depende de amores é devoto de Iemanjá. Convergem para ela orações e súplicas no estilo e ritmos católicos.

Mas o que importa seus nomes, suas formas e aparência, se nada modifica a força de seu império, senão altera a grandeza do seu reinado?

Queixas são contadas a Iemanjá, esperanças dela provêm, planos e projetos de amor, de negócios, de vingança, podem ser executados caso ela venha a dar seu assentimento.

Grande foi o número de ondas que se quebrou na praia, mas maior ainda, foi o caminho percorrido pelo mito da divindade das águas. Das Sereias do Mediterrâneo, que tentaram seduzir Ulisses, às Mouras portuguesas, à Mãe D'água dos iorubanos, ao nosso primitivo Igpupiara, às Iaras, ao Boto, até Iemanjá. E, neste longo caminhar, a própria personalidade desta Deusa, ligada anteriormente à morte, apresenta-se agora como protetora dos pescadores e garantidora de boa pesca, sempre evoluindo para transformar-se na deusa propiciadora de bom Ano Novo para os brasileiros e para todos que nesta terra de Sol e Mar habitam.

DEUSA LUNAR DA MUDANÇA

A Deusa Iemanjá rege a mudança rítmica de toda a vida por estar ligada diretamente ao elemento água. É Iemanjá que preside todos os rituais do nascimento e à volta as origens, que é a morte. Está ainda ligada ao movimento que caracteriza as mudanças, à expansão e o desenvolvimento.

É ela, como a Deusa Ártemis o arquétipo responsável pela identificação que as mulheres experimentam de si mesmas e que as definem individualmente.

Iemanjá quando dança, corta o ar com uma espada na mão. Esse corte é um ato psíquico que conduz a individualização, pois Iemanjá separa o que deve ser separado, deixando somente o que é necessário para que se apresente a individualidade.

Sua espada, portanto, é um símbolo de poder cortante que permite a discriminação ordenativa, mas que também pode levar ao seu abraço de sereia, à regressão e à morte.

Em sua dança, Iemanjá coloca a mão na cabeça, um ato indicativo de sua individualidade e por isso, é chamada de"Yá Ori", ou "Mãe de Cabeça". Depois ela toca a nuca com a mão esquerda e a testa com a mão direita. A nuca é símbolo do passado dos homens, ao inconsciente de onde todos nós viemos. Já a testa, está ligada ao futuro, ao consciente e a individualidade.

A dança de Iemanjá pode ser percebida como uma representação mítica da origem da humanidade, do seu passado, do seu futuro e sua individualização consciente. É essa união antagônica que nos dá o direito de vivermos o "aqui" e o "agora", pois sem "passado", não temos o "presente" e sem a continuidade do presente, não teremos "futuro". Sugere ainda, que a totalidade está na união dos opostos do consciente com o inconsciente e dos aspectos masculinos com os femininos.

Como Deusa Lunar, Iemanjá tem como principal característica a "mudança". Ela nos ensina, que para toda a mulher, o caráter cíclico da vida é a coisa mais natural, embora seja incompreendido pelo sexo masculino.

A natureza da mulher é impessoal e inerente a ela como um ser feminino e altera-se com os ciclos da lua: fase crescente, cheia, meia-fase até a lua obscura. Essas mudanças não só se refletem nas marés, mas também no ciclo mensal das mulheres, produzindo um ritmo complexo e difícil de entender. A vida física e psíquica de toda a mulher é afetada pela revolução da lua e a compreensão desse fenômeno nos propicia o conhecimento de nossa real natureza instintiva. Em poder desse conhecimento, podemos domesticar com o esforço consciente as inclinações cíclicas que operam-se a nível inconsciente e nos tornarmos não tão dependentes desses aspectos escondidos de nossa natureza semelhante aos da lua.

ARQUÉTIPO DA MATERNIDADE

Iemanjá é por excelência, arquétipo da maternidade. Casada com Oxalá, gerou quase todos os outros orixás. É tão generosa quanto as águas que representa e cobrem uma boa parte do planeta.

Iemanjá é o útero de toda a vida, elevada à posição principal da figura materna no panteão de iorubá (Ymoja). Seu sincretismo com a Nossa Senhora e a Virgem Maria lhe conferem a supremacia hierárquica na função materna que representa. É a Deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Ela é "toda ouvidos" para escutar seus filhos e os acalenta no doce balanço de suas ondas. Ela representa as profundezas do inconsciente, o movimento rítmico, tudo que é cíclico e repetitivo. A força e a determinação são suas características básicas, assim como o seu gratuito sentimento de amizade.

Como Deusa da fecundidade, da procriação, da fertilidade e do amor, Iemanjá é normalmente representada como uma mulher gorda, baixa, com proeminentes seios e grande ventre. Pode, também como já falamos, aparecer na forma de uma sereia. Mas, não importando suas características, ela sempre se apresentará vinculada ao simbolismo da maternidade.



Iemanjá surge nas espumas das ondas do mar para nos dizer que é tempo de "entrega". Você está carregando em seus ombros um fardo mais pesado do que possa carregar? Acha que deve realizar tudo sozinha(o) e não precisa de ninguém? Você é daquelas pessoas que "esmurra ponta de prego" e quer conseguir seu intento nem que tenha que usar à força? Pois saiba que a entrega não significa derrota. Pedir ajuda também não é humilhação, a vida tem mais significado quando compartilhamos nossos momentos com mais alguém. Geralmente esta entrega ocorre em nossas vidas forçosamente. Se dá naqueles momentos em que nos encontramos no "fundo do poço", sem mais alternativas de saída, então nos viramos e entregamos "à Deus" a solução. E, é exatamente nesta hora que encontramos respostas, que de maneira geral, eram mais simples do que imaginávamos. A totalidade é alimentada quando você compreende que o único modo de passar por algumas situações é entrega-se e abrir-se para algo maior.

Quando abrimos uma brecha em nosso coração e deixamos que a Deusa atue em nós, alcançamos o que almejamos. Entrega é confiança, mas tente pelo menos uma vez entregar-se, pois lhe asseguro que a confiança virá e será tão cega e profunda quando a sua desconfiança de agora. O seu desconhecimento destes valores, escondem a presença de quem pode lhe ajudar e provocam sentimentos de ausência e distância. Não somos deuses, mas não devemos nos permitir viver à sombra deles.

RITUAL DE ENTREGA (só mulheres)

Você deve fazer este ritual numa praia, em água corrente e até visualizando um destes ambientes. Primeiro mentalmente viaje até seu útero, no momento do encontro se concentre. Respire profundamente e leve novamente sua consciência para o útero. Agora respire pela vulva. Quando se achar pronta, com o mar a sua frente, entre nele. Sinta a água acariciando seus pés, ouça o barulho das ondas no seu eterno vai-e-vem. Chame então a Iemanjá para que venha encontrá-la. Escolha um lugar onde você puder boiar tranqüilamente e com segurança. Sinta as mãos da Iemanjá acercando-se de você. Abandone-se em seu abraço, ela é mãe muito amorosa e espetacular ouvinte. Renda-se aos seus carinhos e entregue-se sem medo de ser feliz. Você está precisando revigorar sua vida amorosa, procura um emprego ou um novo amor? Faça seus pedidos e também lhe fale de todas suas angústias e aflições. Deixe que Iemanjá alivie os fardos que carrega. Ela carregará consigo para o fundo do mar todos os seus problemas e lhe trará sobre as ondas a certeza de dias melhores, portanto abandone-se à imensidão do mar e do seu amor.


Quando estiver pronta para voltar, agradeça a Iemanjá por estes doces momentos passados com ela. Então estará livre para voltar à praia, sentindo-se mais leve, viva e purificada.

OUTROS DADOS:

SAUDAÇÃO: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba!

MINERAL: Prata e platina.

DIMENSÃO ESOTÉRICA: Ocupa o primeiro raio juntamente com a orixá Nanã.

DIA DA SEMANA; Segunda-feira.

ERVAS PARA BANHO E DEFUMAÇÃO: Jasmim, araticum-da-praia, folha-da-costa, graviola, capeba, mãe-boa, musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, alcaparra, entre outras.

PLANETA: Lua

COR DA GUIA: Contas brancas cristalinas ou azul claras.

BEBIDAS: Água de coco, mel, água salgada ou potável, champanha e suco de suas próprias ervas e frutos.

FLORES: Rosas e palmas brancas.

COMIDAS: Canjica branca, peixe fritos, arroz, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, etc.

FRUTOS: Mamão, graviola, uvas brancas, melancia.