domingo, 19 de setembro de 2010

Do carvão ao Diamante



O diamante, a pedra preciosa cobiçada por muitos, de uma dureza ímpar e cuja capacidade de decomposição da Luz branca só é comparável ao Zircônio, é proveniente do carvão vegetal fossilizado, após ter recebido pressões altíssimas e em determinadas condições. Em outras, transforma-se em grafita ou grafite, sendo que este hoje em sua maioria, é sintetizado nas indústrias, assim como os diamantes.

O carvão, o diamante e o grafite, são substâncias à base de carbono. O carbono está em toda parte na natureza, é o responsável pela sustentação material dos seres vivos e dos “inanimados” (os seres ditos inanimados são matéria para muitas páginas no olhar de um umbandista).

O carbono está presente no dióxido de carbono, fundamental para as plantas, no monóxido de carbono, mortal para o homem e animais. Pode ser encontrado como nanotubos, e aproveitado na nanotecnologia.

O diamante se apresenta fulgurante somente se lapidado adequadamente, mas sua fluorescência na ausência de Luz, lhe é própria. Somente o diamante branco (incolor), consegue decompor a Luz em todas as cores do arco Iris. E o diamante negro, tão raro, caríssimo, não é original de nosso planeta, mas de meteoros que vieram do espaço em alguma época do passado.

Voltemos ao carvão, substância escura que não deixa passar a Luz, que se esfarela com facilidade, isto devido a disposição caótica de suas moléculas. Associando-se ao fogo, é excelente fonte de energia para muitos e essa é sua maior missão. Em determinada condição de pressão o carvão se torna grafite, mineral usado como lubrificante, presente em baterias e pilhas, ainda na indústria nuclear,metalurgia, agricultura e na confecção de mina para lápis e lapiseiras.

Ao refletir sobre estes aspectos, pensei na importância de nos revestirmos da matéria para nosso aprendizado espiritual. Iniciamos como um carvão, ainda desestabilizados, com polaridades instáveis. Soltamos a fuligem de nossas emoções desgovernadas, manchando o nosso caminho e o daqueles que convivem conosco, muitas vezes involuntariamente, mas outras devido ao ressentimento e mágoa que não conseguimos conter. Também nos consumimos de forma irregular, irradiando calor na autocombustão, que pode ser útil, se utilizada para aquecer outros necessitados e esse calor podemos traduzir como generosidade, compreensão, calor, companheirismo. Ou simplesmente queimamos, na ânsia de buscas individuais que nada acrescentam.

Quando sofremos as pressões naturais das vivências, com diferentes graus de dificuldades, sofrimentos , vamos compreendendo melhor que somos nada mais que uma rede interligada ( como também o são molecularmente as cadeias de carbono), passamos a ansiar por transmitir de algum modo nossas experiências, tanto para compartilharmos com os outros, quanto para tentarmos entrar em contato com aqueles que também estão escrevendo no estado “grafite”, e também buscam respostas, conforto, um pouco de alegria e estabilidade.

Os “grafite” percorrem longos caminhos, erram, escrevem demais, de menos, quebram-se, gastam-se. Alguns, quando se esgotam, conseguem ter forças para buscar novas “minas” e voltam a escrever de forma cada vez mais eloqüente, coerente, pacificadora e agregam conhecimentos, emoções, sonhos, conseguem registrar para muitos seus achados importantes, aprendem a encontrar novas reservas, assim como deixam de consumir-se demais e inutilmente. Conseguem seguir melhor o objetivo de suas crenças e dedicam-se a desenvolver os temas que se refletem na sua vida física.

Porém, há aqueles cujas inúmeras vidas sucessivas foram lapidadas cuidadosamente, através de todo o tipo de vicissitudes, foram prosseguindo através dos séculos, livrando-se de todas as imperfeições, com certeza através de altíssimo preço por esse burilamento. Valor obtido pela redenção de muitos erros antigos, novos passos, dificuldades infinitas, dores acerbas, perdas, esquecimento de mágoas, lições extremas de tolerância, atingindo um estado de imperturbabilidade, estabilidade e esclarecimento, amor ideal, incondicional, para alguns chamado de “ágape”. Neste estágio, pode-se dizer que se atingiu algo muito perto da perfeição para os padrões da Terra, e ao contrário de buscar sofregamente a Luz, passa a REFLETIR a Luz, e da forma mais maravilhosa, pois reflete como um crisol mágico, dispersando-a em todas as cores do arco Iris e desta forma, tal como uma linguagem, todos podem compreende-lo, pois nem todos conseguem enxergar todos os matizes de luz, mas desta forma sempre conseguirão identificar aquela que conseguem enxergar.

Quando se têm a Luz Única, vinda do Espaço Cósmico e Perfeito, somente muito raramente nasce alguém que a compreenda. No entanto, aqueles que se tornam diamantes e abraçam a missão de exercerem esta alquimia (não estou falando sobre o que chamam de crianças diamante, mas sim de espíritos que alcançaram a redenção e um estado elevado de conhecimento e Luz) de refração de cores, representada por pensamentos, verdades e atitudes, permitem que muitos mais entendam e prossigam na senda iluminativa. Podem ser que se tornem diamantes negros ou de outras nuances, não importa. Mas adquiriram a chave de como refletir a Luz Maior de algum modo, abrindo trilhas e portais através das dimensões do Espírito.

Alex de Oxóssi - http://povodearuanda.wordpress.com







The diamond, gem coveted by many, a unique hardness and whose ability to decomposition of the white light is only comparable to zirconium is from fossilized charcoal, after receiving very high pressures and under certain conditions. In others, it turns into graphite or graphite, and this now mostly synthesized in industries, like diamonds.

The coal, diamond and graphite are carbon-based substances. Carbon is everywhere in nature, is responsible for the material support of the living and the "inanimate" (so-called inanimate beings are subject to many pages on the look of a umbandista).

Carbon is present in carbon dioxide, essential for plants, in carbon monoxide, deadly to humans and animals. Can be found as nanotubes, and used in nanotechnology.

The dazzling diamond appears only if cut properly, but their fluorescence in the absence of light, its own. Only the diamond white (clear), can decompose the Light in all colors of the rainbow. And the black diamond, so rare, very expensive, is not unique to our planet, but the meteors came from space at some time in the past.

Let's return to coal, dark substance that does not let the light, that crumbles easily, this is due to chaotic arrangement of their molecules. Partnering with the fire, is an excellent source of energy for many and this is his greatest mission. In certain condition of pressure coal becomes graphite, mineral used as a lubricant, present in batteries and fuel cells, even in the nuclear industry, metallurgy, agriculture and mining to manufacturing pencils and mechanical pencils.

In reflecting on these developments, I thought about the importance of the matter to clothe our spiritual learning. We began as a coal, still upset with polarities unstable. We release the soot of our unruly emotions, staining our path and those who live close to us, often unwittingly, but more due to resentment and hurt that we could not contain. We also eat irregularly, radiating heat in spontaneous combustion, which can be useful if used to heat other needy and that heat can translate as generosity, understanding, warmth, companionship. Or simply burn in lust for individual searches that add nothing.

When we suffer the pressures of natural experiences, with different degrees of hardship, suffering, let us understand better who we are nothing more than an interconnected system (as are the molecular chains of carbon), we began to yearn for some way to convey our experiences, much to share with others how to try to contact those who are also writing in the "graphite" and also seek answers, comfort, a little joy and stability.

The graffiti traverse longer paths, err, write too much, too little, break up, it takes. Some, when they run out, get the strength to seek new "mines" and re-write in a more eloquent, coherent, peaceful and aggregate knowledge, emotions, dreams, can register for their many important findings, they learn to find new reserves , and fail to consume too much and unnecessary. Able to better follow the goal of their beliefs and are dedicated to develop the themes that are reflected in your physical life.

However, there are those whose many successive lives were carefully polished through all sorts of vicissitudes, were proceeding through the centuries, getting rid of all imperfections, certainly by very high price for this chisel. Value obtained by the redemption of many old errors, new steps, difficulties endless, bitter pain, loss, forgetfulness of sorrows, lessons extreme tolerance, reaching a state of steadfastness, stability and clarity, ideal love, unconditionally, for some called "agape ". At this stage, we can say that it achieved something very close to perfection by the standards of the earth, and unlike eagerly seek the Light, to reflect the light, and more beautiful because it reflects as a crucible of magic, scattering it in all colors of the rainbow and so, as a language everyone can understand it because not everyone can see all shades of light, but this way always be able to identify which one can see.

When you have the One Light, coming from outer space and Perfect, only very rarely comes someone who understands. However, those who become diamonds and embrace the mission to perform this alchemy (I'm not talking about what they call the children diamond, but of spirits who achieved redemption and a heightened state of knowledge and Light) of refraction of colors, represented by thoughts, attitudes and truths, allow many more understand and pursue the path illuminative. May be that they become black diamonds or other nuances do not matter. But got the key to reflect the greater light somehow, trails and open portals through the dimensions of the Spirit.

Alex de Oxóssi

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